Roma (17/02/2012) - Até as boas amizades precisam de encontros formais, mesmo que saltuários, para se reforçarem, para se reconfirmarem como únicas e indistrutíveis. É nesta ótica que os angolanos em Roma se encontram todas as Sextas-feiras nos Momentos de Kizomba Romana. Estes momentos estão se tornando uma tradição de grande cultura e crescimento humano. Começaram como simples eventos para angolanos, hoje constituem um indiscutível ponto de referência para os mwangolés e admiradores da cultura e style angolano.
Sobre os Momentos de Kizomba, outro aspecto peculiar, são as lições grátis de Kizomba e ensinamentos sobre a cultura angolana. Todas as Sextas-feiras se vê um via-vai de italianos e italianas, um via-vai africanos de vários países lusófonos, de modo particular os caboverdianos, um via-vai de africanos interessados a aprenderem a dança do momento: A KIZOMBA ANGOLA. De momentos o Kuduro se dança, não se ensina, portanto, Kizomba com eles.
A comunidade angolana em Roma é constituida essencialmente por estudantes universitários, por isso as saudades da banda são mais fortes, e quando as dificuldades materiais se fazem sentir os mwangolés gostam de estar juntos, mesmo quando não podem contribuir na resolução material dos problemas.
O empenho na formação faz com que a alta cultura se faça sentir no seio dos angolanos na cidade eterna. São muitas as ocasiões, durante os momentos de Kizomba, aonde se deparam angolanos debatendo com categorias sobre vários temas político-culturais, científicos e religiosos. Outro aspecto curioso e não menos importante, é a vontade férrea de muitos angolanos em ensinar aos italianos o melhor da nossa cultura. O angolano quando quer faz.
Ao contrário do que se diz em continuação, os angolanos são unidos quando querem, quando se sentem mais angolanos, quando vivem mais a própria cultura, quando se elevam além do pseudo-sentido patriótico que faz de todos os problemas da banda o factor de divisão entre os mwangolés em várias partes do mundo. Ao contrário do que se diz, muitos angolanos que terminam os seus estudos querem mesmo voltar pra banda, querem contribuir no crescimento e desenvolvimento sustentável de Angola. Um apelo às autoridades competentes, mais atenão angolanos em Roma, muitas boas cabeças se encontram nesta banda, se encontram aqui, dando o melhor de sí para o desenvolvimento da Italia.
Em fim, conversando com os angolanos aqui, pude tirar algumas conclusões: ser angolano é ter fé que juntos podemos construir uma Angola melhor. Ser angolano é ajudar os angolanos a crescerem, é trabalhar pela angolanidade do pensamento e da acção. Ser angolano é sentir-se mal de viver bem quando os outros ainda morrem de fome. Ser um verdadeiro angolano é contribuir pela difusão da nossa cultura, da nossa essência, da nossa visão da vida aonde a celebração das relações interpessoais constituem um momento de grande vitalidade humana. Ser angolano continuar a ser o respeito pela gerarquia: os cotas são Kotas.
Para conhecer os angolanos na Itália, para conhecer os angolanos em Roma, participe nos Momentos de Kizomba Romana. Foi este o pedido e o desafio com o qual terminei (as 04:00 da manha)o encontro com alguns mwangolés e suas "piós" depois de uma Grande Noite de Kizomba - A "Kizomba Carnival Night 2012".
Para informações:
Facebook: www.facebook.com/kizomba.romana
Websites: www.kizomba-romana.angolaxyami.com
Kingamba Mwenho
Por Angola, hoje e sempre!
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