O título da nossa intervenção pode parecer controverso na medida em que refere-se à possibilidade de, a partir da nossa pluralidade linguística, podermos construir a nossa unidade.
O título da nossa intervenção pode parecer controverso na medida em que refere-se à possibilidade de, a partir da nossa pluralidade linguística, podermos construir a nossa unidade. Com efeito, se tivermos presente a lição que nos dá a Bíblia, ao referir-se à construção da Torre de Babel, inviabilizada pela utilização, na fase final, de línguas diferentes pelos seus obreiros, ser-nos-á difícil admitir ser possível aliar-se a pluralidade linguística à harmonia social. Na verdade e, em termos gerais, toda a harmonia social pressupõe/implica a existência de uma consequente intercompreensão linguística. Por conseguinte, pode parecer um exercício macabro pensar na aliança plurilinguismo/harmonia social, num país como o nosso, caracterizado por um desconhecimento geral da nossa realidade sociocultural e linguística.
Por outro lado, é preciso ter presente que esse desconhecimento foi, durante longos anos, potencializado por inevitáveis tensões internas, advindas do período de lutas fratricidas, cuja conflictualidade latente cria um ambiente de desconfiança, que se reflecte numa reacção instintiva de criar pequenos grupos, mesmo quando em reuniões sociais.
Nesta perspectiva, falar de harmonia/unidade, não é fácil, quando essa questão não pode ser discutida usando, todo o conjunto do país, um mesmo veículo de comunicação. A questão assume, por tal, particular acuidade nas relações entre as suas distintas comunidades.
Mas a harmonização do multilinguismo, que caracteriza a nossa sociedade, é justamente uma questão cuja solução, pensamos nós, a todos deve interessar e preocupar porque essa harmonia é-nos necessária e imprescindível, se quisermos ter uma Nação coesa e próspera. Daí a nossa aceitação da desafiante proposta para apresentar uma intervenção sobre o tema. As Línguas Nacionais
Esta designação generalizada, atribuída às nossas línguas de origem africana, é outra das questões que deve merecer uma reflexão cuidada, pelo menos por parte daqueles cuja formação permite um maior aprofundamento desta problemática. É que, pensamos que existe, no nosso país, uma tendência bastante grande para confundir Etnia com Nação, o que pode induzir em erro, alguns de nós.
A etnia constitui um ambiente natural de integração dos elementos de uma determinada comunidade. Não se pertence a uma etnia porque se quer. A Nação/Estado, ao contrário, não é natural, espontânea, porquanto resulta de uma vontade expressa de reunir, sob uma mesma direcção, indivíduos, comunidades, de acordo com interesses diversos que vão dos económicos aos da defesa/segurança.
No nosso caso, a Nação não foi criada por decisão dos Angolanos. Em consequência, a língua dominante foi a portuguesa, porque interessava juntar as comunidades africanas sob a bandeira portuguesa e, obviamente, as línguas locais foram relegadas para segundo plano. Consequentemente, a sua zona de influência, no conjunto do país, é largamente periférica relativamente à da LP, sendo igualmente periférica a participação dos seus locutores nas tarefas do desenvolvimento nacional.
Numa tentativa de reverter a situação, decidiu-se designá-las, após a independência, como nacionais. Mas, para que fossem efectivamente nacionais, necessário seria, que se fizesse um esforço no sentido de massificar o seu ensino/aprendizagem, o que teria como resultado um fenómeno de apropriação dessas línguas, pelo nosso povo e, nessa acepção, poderíamos falar de línguas nacionais, porque reconhecidas, como tal, por todos os Angolanos.
Mas, como isso não se verificou, o que nos resta, na realidade, são, tão somente “línguas étnicas”. Daí não nos ser estranha a tendência para se pensar, maioritariamente, muito mais como Ambundos ou Bakongos do que como Angolanos.
As Línguas Angolanas
O acima exposto viabiliza a utilização da expressão “Língua angolana” que, a seu turno exige que seja dada uma explicação. Temos que reconhecer que ainda não está suficientemente claro para todos nós, Angolanos, o que será uma língua angolana. Em nossa opinião, esse termo aplica-se a todo o meio de comunicação, usado no país, de origem local ou não local mas que, como acontece com a língua portuguesa, ganhou esse direito, pelo seu percurso histórico no nosso país.
Partindo desta premissa, uma vez que a língua portuguesa é a única que tem uma cobertura a nível nacional, na medida em que é a única das línguas usadas por uma grande parte do nosso povo, que é utilizada como veículo e matéria de ensino na educação formal, a nossa preocupação tem/deve, obviamente, centrar-se em todas as outras que, porque de origem continental e maioritárias, os seus conhecimento e domínio devem ser priorizados. Referimo-nos, obviamente, às línguas angolanas de origem africana.
Poderão ser levantadas questões como as de saber que línguas devem ser priorizadas, ao nível do ensino, como se pode pensar em ensinar/aprender línguas que não possuem uma base científica de sustentação, pois não estão descritas, não possuem um alfabeto, não contêm léxicos que se adaptem à modernidade.
Todas estas questões, embora possam reflectir uma preocupação legítima, estão eivadas do receio de encarar, frontalmente, uma questão chave: é que cada comunidade só cria os termos necessários ao contacto entre os seus membros; que o conhecimento e experiência de qualquer comunidade não são completos em si mesmos; que todas as línguas do mundo criaram o seu acervo lexical com base na sua experiência local; que todas as línguas beneficiaram e continuam a beneficiar do contributo linguístico de outras comunidades; que todas elas contêm mecanismos próprios de adopção de novos termos; que as experiências vividas pelos diversos povos do planeta devem ser partilhadas por todos, constituindo o seu património comum; que todo o saber deve contribuir para o bem estar da humanidade.
Qual a importância dessas línguas no contexto sociolinguístico local?
A discussão sobre a importância das línguas angolanas na unidade da família angolana é de uma pertinência lógica porque tem como premissas a harmonia/concórdia nacionais, alcançadas através da convergência linguística que, por sua vez, se deve consubstanciar no conhecimento, apropriação e domínio dos mesmos veículos de comunicação.
De recordar, que a língua portuguesa foi a escolhida para a colónia de Angola, na época, eufemisticamente chamada “Província portuguesa de Angola”. O Estado/Nação de Angola, independente, continua a ter a língua portuguesa como única língua oficial. É caricatural esta constatação.
Por outro lado, interessa sublinhar que as línguas, para além de permitirem o contacto entre os elementos de uma comunidade específica, possibilitam, de igual modo, que esses mesmos elementos se reconheçam, uns aos outros, através da e pela língua. É por isso que, se tivermos, como objectivo primeiro, a união da nossa família, urge que se defina o estatuto de cada uma das línguas faladas no país, que línguas deverão ser ensinadas e, dentre as últimas, aquelas cujo ensino deve ser prioritário, tendo em conta critérios que sejam explicados a todo o povo e aceites por ele; que tenhamos, enfim, sempre presente que, quanto menos línguas forem utilizadas, tanto mais forte será a sua operatoriedade.
A relação que fazemos entre o número e a operatoriedade do ensino das línguas é pertinente pois não é possível ensinar todas as línguas a todos nós, por razões óbvias. Contudo, já é possível ensinar as maioritárias ao nível de todo o país e as minoritárias nas respectivas zonas de implantação. Daí a importância da definição de critérios que estariam na base da escolha das línguas a ensinar.
Toda esta acção deve/tem de ser dotada de sentido para que, não só os processos, como os objectos, sejam não apenas aceites, mas, de igual modo, viabilizados pelos seus sujeitos. Nesta perspectiva, variáveis como “tradição”, “afectividade”, “experiência vivencial”, “investigação” enfim, não podem/devem ser dispensadas, sempre que se apresentem situações em que esteja em causa a viabilidade de uma concertação ao nível de toda a Nação.
O conhecimento e domínio das nossas línguas maioritárias consubstanciará a ruptura com o passado próximo, porquanto o contrário nada mais é do que estagnação. Por tal, o que interessa, neste momento, é renovar, evoluir; ultrapassar o período que se caracterizou por um esforço de relegar as nossas línguas e culturas a um nível de sub utilização; que possamos contactar, abertamente, uns com outros para que nos conheçamos melhor, para que nos amemos, para que nos aceitemos uns aos outros, sem rancores, nem mágoas.
Para que tal aconteça, é forçoso, urgente, necessário e óbvio que sejam corajosa e definitivamente definidas as metas a alcançar, para o real desenvolvimento do nosso país, (das quais a principal é a unidade da nossa família), unidade que só será viável quando podermos falar, livremente, uns com os outros, usando uma mesma língua.
Contudo, uma vez definidas as metas, dever-se-ão também definir as etapas e métodos necessários para que sejam atingidas essas metas. E então sim, teremos a possibilidade de incentivar a criatividade, a inovação e, acima de tudo, viabilizar a nossa Nação/Estado.
Texto apresentado nas jornadas Científicas da Universidade Jean Piaget, Angola, de 7, 8 e 9 de Novembro de 2002
Tuesday, May 29, 2012
A IMPORTANCIA DAS LINGUAS ANGOLANAS NA UNIDADE DA FAMILIA ANGOLANA.(Escrito por Amélia Arlete Mingas).
Monday, February 27, 2012
Wednesday, January 11, 2012
Tuesday, April 12, 2011
Republic of Angola - The profile country in a chronology of key events
A chronology of key events:
1300s - Kongo kingdom consolidates in the north.
1483 - Portuguese arrive.
1575 - Portuguese found Luanda.
17th and 18th centuries - Angola becomes a major Portuguese trading arena for slaves. Between 1580 and 1680 a million plus are shipped to Brazil.
1836 - Slave trade officially abolished by the Portuguese government.
1885-1930 - Portugal consolidates colonial control over Angola, local resistance persists.
1951 - Angola's status changes from colony to overseas province.
1956 - The early beginnings of the socialist guerrilla independence movement, the People's Movement for the Liberation of Angola (MPLA), based in northern Congo.
1950s-1961 - Nationalist movement develops, guerrilla war begins.
1961 - Forced labour abolished after revolts on coffee plantations leave 50,000 dead. The fight for independence is bolstered.
1974 - Revolution in Portugal, colonial empire collapses.
Independence
1976 - MPLA gains upper hand.
1979 - MPLA leader Agostinho Neto dies. Jose Eduardo dos Santos takes over as president.
1987 - South African forces enter Angola to support Unita.
1988 - South Africa agrees to Namibian independence in exchange for removal of Cuban troops from Angola.
1989 - Dos Santos, Unita leader Jonas Savimbi agree cease-fire, which collapses soon afterwards and guerrilla activity resumes.
Towards peace
1991 April - MPLA drops Marxism-Leninism in favour of social democracy.
1991 May - Dos Santos, Savimbi sign peace deal in Lisbon which results in a new multiparty constitution.
1992 September - Presidential and parliamentary polls certified by UN monitors as generally free and fair. Dos Santo gains more votes than Savimbi, who rejects results and resumes guerrilla war.
1993 - UN imposes sanctions against Unita. The US acknowledges the MPLA.
1994 - Government, Unita sign Lusaka Protocol peace accord.
1995 - Dos Santos, Savimbi meet, confirm commitment to peace. First of 7,000 UN peacekeepers arrive.
1996 - Dos Santos, Savimbi agree to form unity government join forces into national army.
1997 April - Unified government inaugurated, with Savimbi declining post in unity government and failing to attend inauguration ceremony.
1997 May - Tension mounts, with few Unita troops having integrated into army.
1998 - Full-scale fighting resumes. Thousands killed in next four years of fighting.
Angola intervenes in civil war in Democratic Republic of Congo on the side of President Laurent-Desire Kabila.
1999 - UN ends its peacekeeping mission.
2002 February - Savimbi killed by government troops. Government, Unita sign ceasefire shortly afterwards.
Demobilisation
2002 May - Unita's military commander says 85% of his troops have gathered at demobilisation camps. There are concerns that food shortages in the camps could threaten the peace process.
2002 June - UN appeals for aid for thousands of refugees heading home after the ceasefire.
Medical charity Medecins sans Frontieres says half a million Angolans are facing starvation, a legacy of civil war.
2002 August - Unita scraps its armed wing. "The war has ended," proclaims Angola's defence minister.
2003 February - UN mission overseeing the peace process winds up.
2003 June - Unita - now a political party - elects Isaias Samakuva as its new leader.
2004 April onwards - Tens of thousands of illegal foreign diamond miners are expelled in a crackdown on illegal mining and trafficking. In December the government says 300,000 foreign diamond dealers have been expelled.
2004 September - Oil production reaches one million barrels per day.
2005 March-May - Marburg virus, which is deadlier than Ebola, kills more than 300 people, most of them in the north.
2005 June - Chinese Premier Wen Jiabao visits, promises to extend more than $2 billion in new credit, in addition to a $3 billion credit line Beijing has already given Luanda.
2006 August - The government signs a peace deal with a separatist group in the northern enclave of Cabinda.
2006 October - The UN refugee agency begins "final repatriation" of Angolans who fled the civil war to the neighbouring DR Congo.
2007 February - President dos Santos says parliamentary elections will be held in 2008 and presidential polls in 2009.
2008 September - First parliamentary elections for 16 years.
2009 March - Pope Benedict celebrates mass in front of more than a million people in Luanda.
2009 October - Angola expels illegal Congolese diamond miners. Democratic Republic of Congo responds by expelling some 20,000 Angolans.
2009 December - President dos Santos suggests presidential elections will have to wait another three years.
State oil firm Sonangol signs a deal to produce oil in Iraq.
Constitutional change
2010 January - Angola hosts African Nations Cup, continent's most popular sporting event. Bus carrying Togo football team is attacked by Cabinda separatists.
Parliament approves new constitution strengthening the presidency and abolishing direct elections for the post.
2010 September - President of DR Congo, Joseph Kabila, visits Angola. Ties between the two neighbours deteriorated in 2009 when Angola began expelling illegal Congolese immigrants and Congo retaliated.
2010 October - UN report into killing of Hutus in DR Congo between 1993 and 2003 says they may constitute "crimes of genocide". It implicates Angola, Rwanda, Uganda, Burundi and Zimbabwe.
2010 November - Convoy carrying Chinese mine workers attacked in the region of Cabinda. A faction of the Cabinda separatist movement Flec claims responsibility.
US urges Angola to investigate alleged rape of women recently deported to DR Congo.
2011 March - More than 20,000 people rally in support for President Dos Santos in response to a reported social media campaign calling on people to demonstrate against the government. Human Rights Watch accuses the government of a "campaign of intimidation" to suppress anti-government protests.
From BBC/Wikipedia and Others
Thursday, March 31, 2011
Republic of Angola: The History – All about
History
The area was inhabited in prehistoric times, as attested by remains found in Luanda, Congo and the Namibe desert, but it was only thousands of years later, at the beginning of recorded history that more developed peoples arrived.
The first to settle were the Bushmen, great hunters, similar to pygmies in stature and with light brown skin. At the beginning of the sixth century AD, more advanced peoples with black skin, already in possession of metal-working technology, began one of the greatest migrations in history. They were the Bantu, and they came from the north, probably from somewhere near the present day Republic of Cameroon. When they reached what is now Angola they encountered the Bushmen and other groups considerably less advanced than themselves, who they easily dominated with their superior knowledge of metal-working, ceramic and agriculture. The establishment of the Bantu took many centuries and gave rise to various groupings who took on different ethnic characteristics, some of which persist to this day. The first large political entity in the area, known to history as the Kingdom of Congo, appeared in the thirteenth century and stretched from Gabon in the north to the river Kwanza in the south, and from the Atlantic in the west to the river Cuango in the east.
Their wealth came mainly from agriculture. Power was in the hands of the Mani, aristocrats who occupied key positions in the kingdom and who answered only to the all-powerful King of the Congo. Mbanza was the name given to a territorial unit administered and ruled by a Mani; Mbanza Congo, the capital, had a population of over fifty thousand in the sixteenth century.
The Kingdom of Congo was divided into six provinces and included some dependent kingdoms, such as Ndongo to the south. Trade was the main activity, based on highly productive agriculture and increasing exploitation of mineral wealth. In 1482, Portuguese caravels commanded by Diogo Cão arrived in the Congo. Other expeditions followed, and close relations were soon established between the two states. The Portuguese brought firearms and an interesting religion; in return, the King of the Congo could offer slaves, ivory, and minerals.
The King of the Congo was soon converted to Christianity, and adopted a similar political structure to the Europeans; he became a well-known figure in Europe, to the point of receiving missives from the Pope himself.
To the south of the Kingdom of the Congo, around the river Kwanza, there were various important states, of which the Kingdom of Ndongo, ruled by the Ngola (King), was the most significant. At the time of the arrival of the Portuguese, Ngola Kiluange was in power, and by maintaining a policy of alliances with neighbouring states, managed to hold out against the foreigners for several decades. Eventually he was beheaded in Luanda. Years later, the Ndongo rose to prominence again when Jinga Mbandi, known as Queen Jinga, took power. A wily politician, she kept the Portuguese in check with carefully-prepared agreements. After undertaking various journeys she succeeded in 1635 in forming a grand coalition with the states of Matamba and Ndongo, Congo, Kassanje, Dembos and Kissamas. At the head of this formidable alliance, she forced the Portuguese to retreat.
Meanwhile, Portugal had been occupied by Spain, and their overseas territories had taken second place. The Dutch took advantage of this situation and occupied Luanda in 1641. Jinga entered into an alliance with the Dutch, thereby strengthening her coalition and confining the Portuguese to Massangano, which they fortified strongly, sallying forth on occasion to capture slaves in the Kuata! Kuata! Wars. Slaves from Angola were essential to the development of the colony of Brazil, but the traffic had been interrupted by these events. In 1648 a large force from Brazil under the command of Salvador Correia de Sá retook Luanda, leading to the return of the Portuguese in large numbers.
Jinga’s coalition began to fall apart; the absence of their Dutch allies with their firearms, and the strong position of Correia de Sá, delivered a deadly blow to the morale of the native forces. Jinga died in 1663; two years later, the King of the Congo committed all his forces to an attempt to capture the island of Luanda, occupied by Correia de Sá, but they were defeated and lost their independence. The Kingdom of Ndongo likewise submitted to the Portuguese Crown in 1671.
The Portuguese colony of Angola was founded in 1575 with the arrival of Novais with a hundred families of colonist and four hundred soldiers. Luanda was granted the status of city in 1605.
Trade was mostly with Brazil; Brazilian ships were the most numerous in the ports of Luanda and Benguela.
Angola, a Portuguese colony, was in fact a colony of Brazil, paradoxically another Portuguese colony. A strong Brazilian influence was also exercised by the Jesuits in religion and education. The philosophy of war gradually gave way to the philosophy of trade. The great trade routes and the agreements that made them possible were the driving force for activities between the different areas; warlike states become states ready to produce and to sell. In the Planalto (the high plains), the most important states were those of Bié and Bailundo, the latter being noted for its production so foodstuffs and rubber. However, the colonial power, becoming ever richer and more powerful, would not tolerate the development of these states and subjugated them one by one, so that by the beginning of this century the Portuguese had complete control over the area.
From 1764 onwards, there was a gradual change from a slave-based society to one based on production for domestic consumption. By 1850 Luanda was a great city, full of trading companies, exporting (together with Benguela) palm and peanut oil, wax, copal, timber, ivory, cotton, coffee, and cocoa, among other products. Maize, tobacco, dried meat and cassava flour also began to be produced locally. The Angolan bourgeoisie was born.
Meanwhile, the slave trade was abolished in 1836, and in 1844 Angola’s ports were opened to foreign shipping.
The Berlin Conference compelled Portugal to move towards the immediate occupation of all its colonial territories. The territory of Cabinda, to the north of the river Zaire, was also ceded to Portugal on the legal basis of the Treat y of Simulambuko Protectorate, concluded between the Portuguese Crown and the princes of Cabinda in 1885. After a difficult and complicated process of implementation, the end of the nineteenth century saw the establishment of a colonial administration based directly on the territory and the people to be ruled.
With regard to the economy, colonial strategy was based on agriculture and the export of raw materials. Trade in rubber and ivory, together with the taxes imposed on the population, brought vast income to Lisbon.
Portuguese policy in Angola was modified by certain reforms introduced at the beginning of the twentieth century. The fall of the Portuguese monarchy and a favourable international climate led to reforms in administration, agriculture, and education. With the advent of the New State, extended to the colony, Angola becomes a province of Portugal (Ultramarine Province).
The situation appeared calm and stable. But in the second half of the twentieth century, this calm was disrupted by the appearance of the first nationalist movements. More overtly political organisations first appeared in the 1950s, and began to make organised demands for their rights, initiating diplomatic campaigns throughout the world in their fight for independence. The colonial power, meanwhile, refused to accede to the nationalist’s demands, thereby provoking the armed conflict that came to be known as the ‘Armed Struggle’.
In this struggle, the principal protagonist were the MPLA (Popular Movement for the Liberation of Angola), founded in 1956, the FNLA (National Front for The Liberation of Angola), which appeared in 1961, and UNITA (National Union for the Total Independence of Angola), founded in 1966. After many years of conflict, the nation gained its independence on 11 November 1975.
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